A revolução industrial, ao transformar as condições materiais e humanas do trabalho, gerou uma série de problemas de trabalho em grande escala. O princípio da liberdade de trabalho, que aparentemente estabelecia a igualdade de patrões e operários, na prática favoreceu exclusivamente os primeiros, já que uns e outros não tinham as mesmas oportunidades. as leis puniam com a prisão ou outras sanções o operário que abandonasse o patrão; enquanto que os assalariados nem sequer tinham organismos que os representassem.
Em consequência, as condições de trabalho nas primeiras fábricas eram extremamente duras e penosas. Trabalhava-se de sol a sol, no mínimo 12 horas no inverno e 14 horas no verão. A disciplina era severa e as condições de higiene péssimas: espaços reduzidos, viciados e húmidos. A promiscuidade entre homens, mulheres e crianças era frequente, facto este evidente nas obras de Charles Dickens. Aliás, até à primeira metade do séc. XIX, 70% da mão-de-obra utilizada na indústria algodoeira era composta por mulheres e crianças, com a finalidade de poupar nos salários. A abundante presença de crianças explica-se pela maior facilidade de imposição de disciplina
Postado por:Thuany Maiorali
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