Postado por:Bianca Diniz
domingo, setembro 29, 2013
Ciclo do café
As primeiras plantações de café foram registradas no Rio de Janeiro mais precisamente na Baixada Fluminense, por volta de 1760. Ao longo do século XIX e início do século XX, o café se transformou no principal produto brasileiro vendido no mercado internacional.
O modo de produção adotado pelos produtores era bastante parecido com aquele registrado no período colonial: latifundiários que utilizavam mão de obra escrava. Por isso, a partir de 1850, com a proibição do trabalho escravo, o modelo de produção fluminense se tornou ultrapassado.
Entretanto, a demanda gerada pelo mercado europeu e norte-americano em torno do café tornou viável a mudança dos modos de produção e de cultivo do produto. Assim, durante o século XIX se registrou no oeste paulista uma verdadeira expansão cafeeira. Contudo, os paulistas adotaram outra filosofia de trabalho, optando pelo uso de novas tecnologias e pelo trabalho assalariado. Em outras palavras, os mesmos estavam de acordo com uma mentalidade capitalista e empresarial, que nada tinha a ver com o modelo quase colonial fluminense.
O Ciclo do Café provocou significativas mudanças socioeconômicas no Brasil. As riquezas do produto proporcionaram certa estabilidade econômica, algo que não se via desde a época do Primeiro Reinado. Foi possível a realização de diversas obras de infraestrutura, como a construção de portos e ferrovias.
O café permitiu que a economia brasileira se modernizasse, ganhando uma nova dinâmica. Foi a partir deste momento que começaram a surgir as primeiras associações de trabalhadores e os primeiros sindicatos. Em contrapartida, o Ciclo do Café fortaleceu ainda mais os grandes produtores rurais, os quais ganharam o poder político, especialmente no período conhecido como República Velha.
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